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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Depois do hamburguer-proveta, porque não o político-proveta?

Das coisas mais surpreendentes que nos foi dada a ler esta semana foi a produção, confecção e consumo do primeiro hamburguer-proveta, conforme consta desta notícia d'O Público online.
Muito resumidamente, o projecto, financiado por um dos fundadores da Google, pretende reduzir a dependência da criação de gado e a ideia, aparentemente simples, consiste em recolher células estaminais de um músculo da vaca e depois cultivá-las em laboratório. Os 140gr. produzidos até ao momento custaram qualquer coisa como 250.000€ e, a avaliar pela opinião dos encarregados pela degustação, comer aquilo deve ser mais ou menos como fazer "o amor" com uma boneca insuflável: mata a fome mas não sabe a nada. Aqui, "ouvi dizer" aplica-se a ambos os casos. Nem eu provei o hamburguer, nem nunca abusei de uma boneca insuflável. Pelos menos que me lembre.

Mas o que é certo é que lá conseguiram produzir carne em laboratório, feito que me levou a pensar que métodos semelhantes podem ter aplicações noutros campos e a primeira coisa que me ocorreu foi a criação de... políticos-proveta. Ah pois é! 
À imagem do dito hamburguer, para criar um político-proveta bastaria fazer a respectiva recolha de células estaminais de um político (ou de qualquer outro verme rastejante), colocá-las numa cultura rica em Swaps e PPP's e era ver aquilo crescer ao mesmo ritmo com que se sucedem as trapalhadas deste Governo. Depois, era só ir virando de ambos os lados, para o político não se habituar a uma única posição, e ao fim de uns 15 dias teríamos um político-proveta pronto a ser nomeado Secretário de Estado. 
Para além disso, haveria a possibilidade de se misturem células de mais que um político e podíamos, por exemplo, produzir um político-proveta com o sentido de oportunidade do Pedro Lomba, a sinceridade da Maria Luís Albuquerque, a determinação de Paulo Portas e a habilidade de Passos Coelho para as farórias. Seria uma espécie de Cavaco Silva, mas com todos os super-poderes que um político pode ter. 
Não obstante os custos envolvidos, tal processo seria sempre mais barato que o actual método tradicional de criação de políticos. Contas redondas, o fabrico de um político-proveta rondaria os 120 milhões de Euros, coisa bastante inferior àquilo que nos custou cada um dos políticos envolvidos na tramóia do BPN.
Isto da produção de políticos-proveta teria inclusivamente a vantagem de não precisar de uma mãe biológica, coisa que pouparia aquela parte em que as mães sofrem quando vêem um filho meter-se na política. Veja-se, a título de exemplo aquilo que a mãe do Paulo Portas diz que tem sofrido à conta do filho andar metido na política. Para sofrimento já basta o daquelas mães que vêem os filhos meterem-se na droga. 
A única desvantagem deste método é que deixaria de fazer sentido dizer-se que "os políticos são todos uns filhos da p...", que é uma das expressões que os portugueses mais têm usado ultimamente. 


Ilustração:
Jorge Brito Drawings