Cavaco Silva reúne mais uma vez os seus conselheiros de Estado. Como ninguém sabe ao certo o que se passa lá dentro, resta-nos imaginar. Vamos a isso...
O Conselho de Estado inicia-se com um Pai Nosso e duas Avé-Marias, rezadas em francês por José Sócrates, convidado apenas para o efeito.
Depois de expulsar o ex-Primeiro-Ministro a pontapé, Marques Mendes dá as boas-vindas aos demais conselheiros, benzendo-os do alto de uma cadeira e mandando servir uma taça de vinho de missa a cada um. Convém esclarecer que Marques Mendes foi eleito "mestre de cerimónias" após um prévio "mister batina molhada", disputado taco a taco com Jorge Sampaio.
Por esta altura, já Marcelo Rebelo de Sousa fez a apresentação de um desdobrável contendo a auto-biografia de Miguel Relvas e deu 20 valores à gravata nova de Cavaco Silva.
O Conselho de Estado inicia-se com um Pai Nosso e duas Avé-Marias, rezadas em francês por José Sócrates, convidado apenas para o efeito.
Depois de expulsar o ex-Primeiro-Ministro a pontapé, Marques Mendes dá as boas-vindas aos demais conselheiros, benzendo-os do alto de uma cadeira e mandando servir uma taça de vinho de missa a cada um. Convém esclarecer que Marques Mendes foi eleito "mestre de cerimónias" após um prévio "mister batina molhada", disputado taco a taco com Jorge Sampaio.
Por esta altura, já Marcelo Rebelo de Sousa fez a apresentação de um desdobrável contendo a auto-biografia de Miguel Relvas e deu 20 valores à gravata nova de Cavaco Silva.
Iniciados os trabalhos, Cavaco tem ainda necessidade de mandar calar Mário Soares e Manuel Alegre, que discutiam os preços das arrastadeiras e algálias e as condições de entrada no Lar de Idosos da Assembleia da República. Concordam que as fraldas Lindor são as mais em conta, porque aguentam a noite toda.
Arrumada a questão dos velhotes, o Presidente da República tem de chamar a segurança para separar Pedro Passos Coelho e António José Seguro, que entretanto se pegam à chapada. O Primeiro Ministro encheu-se de ciúmes por causa de umas cartas, com juras de amor e fidelidade eterna, que o líder do PS anda a escrever à gaja mais cobiçada da Europa, Angela Merkel, e não esteve com meias medidas. Vai porrada. Passos Coelho chega mesmo a dizer a Seguro que parece uma menina a bater e que a sua ex-mulher dava mais luta.
Alberto João Jardim aproveita a rixa e negoceia umas apostas ilegais, ao estilo das lutas de galo, e pretende aplicar os lucros na diminuição do buraco financeiro da Madeira. Ou num fato novo para o Carnaval 2014. Logo se vê.
Alberto João Jardim aproveita a rixa e negoceia umas apostas ilegais, ao estilo das lutas de galo, e pretende aplicar os lucros na diminuição do buraco financeiro da Madeira. Ou num fato novo para o Carnaval 2014. Logo se vê.
No seguimento dos trabalho, Luís Filipe Menezes acusa Alfredo José de Sousa, Provedor de Justiça, de nada fazer para desbloquear o processo contra a sua candidatura à Câmara Municipal do Porto, ao que o Magistrado respondeu que "na Justiça tudo tem o seu preço e tu não te chegaste à frente. É bem feito!".
Após, Pedro Passos Coelho, novamente descontrolado, desata a insultar Joaquim de Sousa Ribeiro, Presidente do Tribunal Constitucional, a quem acusa de ser o causador da crise matrimonial que ele e Paulo Portas vivem, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que já pouco tempo passa em casa, a ameaçar que a abandona definitivamente. Só não chegam a vias de facto porque Bagão Félix ameaça levá-los a todos ao pic-nic da final da Taça de Portugal. Assunção Esteves aproveita esta pausa para pedir mais uma reforma antecipada, que ela própria manda aprovar.
Tudo sanado e debruçados, finalmente, sobre o assunto que os trouxe ali (Portugal num cenário pós-Troika), é decidido por unanimidade que o melhor mesmo é deixar o futuro nas mãos de N.ª Sr.ª de Fátima, que entretanto já tinha saído para ir acudir François Hollande. Por estes dias, não há mãos a medir.
Foi ainda decidido que a próximo Conselho de Estado terá lugar nos Açores, porque dá mais uns trocos valentes em ajudas de custo.
Declarada encerrada a sessão, Cavaco Silva despede-se de todos de lenço banco na mão, ao som do "Ó Fátima, Adeus", apaga a luz e fecha a porta, não sem antes meter à boca dois croquetes que Manuela Eanes tinha mandado ao marido num tupperware...