Poucas coisas conseguirão ser mais ridículas do que dirigir um convite à emigração a um povo que, contas redondas, há 600 anos que não sabe fazer outra coisa que não seja emigrar. O português anda de trouxa às costas desde que, em 1415, D. João I teve a peregrina ideia de querer abrir um "franchise" deste burgo em Ceuta.
E, a partir daí, é História:
E, a partir daí, é História:
Desde que Passos Coelho incitou à emigração, já muitos partiram e outros tantos partirão. Não partem porque lhes pediram para partir. Partem porque o mundo chama por eles. Partem porque o Mundo é nosso.
Ao partir, levam consigo um pedaço do país. Seja uma bandeira, um cachecol ou uma camisola, uma imagem de N.ª Sr.ª de Fátima ou um garrafão de verde tinto, o emigrante leva na mala um pedacinho de Portugal e no coração um país inteiro.
Ao partir, levam consigo um pedaço do país. Seja uma bandeira, um cachecol ou uma camisola, uma imagem de N.ª Sr.ª de Fátima ou um garrafão de verde tinto, o emigrante leva na mala um pedacinho de Portugal e no coração um país inteiro.
O Português não perde identidade. Antes, tudo faz para "colonizar" quem o acolhe. O português faz o que pode para se sentir como se estivesse em Portugal.
E se mandarem para lá outro português, os dois juntam-se, fundam uma "Comunidade Portuguesa" e ao fim de semana passa a haver churrasco, depois de uma futebolada "solteiros contra casados - muda aos 5, acaba aos 10".
Mas o português não vai embora. Não vira as costas ao país e não o abandona. O português apenas parte. Pode levar 50 anos a voltar, mas muito antes da partida, já tem o regresso no pensamento.
"Ser português é ter saudade, saudade de ser português"